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TIES THAT (UN)BIND? THE CASE OF LATIN AMERICANS IN PORTUGAL AND SPAIN
Latin American migration to Portugal and Spain is usually facilitated by the historical and cul-tural ties that bind Latin American and Iberian countries. Nevertheless, these bonds might also function as a means of reinforcing power asymmetries and social hierarchies. Based on Decolo-nial Thinking and on theories of Social Psychology, this study is aimed at analyzing the dual role of these ties, both as factors of approximation and as instruments of domination and violence. Therefore, we conducted individual interviews with 23 Latin Americans (from Brazil, Chile and Mexico), aged between 18 and 49 years old, who migrated to Portugal or Spain. Data were ana-lyzed through Thematic Analysis. The results allowed us to discuss: the use of language as an in-strument of domination; the existence of negative stereotypes regarding Latin America(ns) and the process of essentialization of the “Other”; and how Latin Americans are sometimes seen as a preferred type of migrant and at other times as being eternal foreigners. We hope this study serves as an incentive for future reflections on how the different forms of coloniality might still shape present-day intergroup relations among countries with a shared colonial past.
A migração latino-americana para Portugal e Espanha é geralmente facilitada pelos laços histó-ricos e culturais que unem países latino-americanos e ibéricos. No entanto, esses laços também podem funcionar como um meio de reforçar assimetrias de poder e hierarquias sociais. Baseado no Pensamento Decolonial e em teorias da Psicologia Social, este estudo teve como objetivo analisar o duplo papel desses vínculos, tanto como fatores de aproximação quanto como instru-mentos de dominação e violência. Para tanto, realizamos entrevistas individuais com 23 latino-americanos (do Brasil, Chile e México), com idades entre 18 e 49 anos, que migraram para Por-tugal ou Espanha. Os dados foram analisados por meio de Análise Temática. Os resultados per-mitiram discutir: o uso da linguagem como instrumento de dominação; a existência de estereóti-pos negativos em relação à América Latina e aos latino-americanos e o processo de essencializa-ção do “Outro”; e como, às vezes, os latino-americanos são vistos como um tipo preferido de migrante e, em outras vezes, como eternos estrangeiros. Esperamos que este estudo sirva de in-centivo para futuras reflexões sobre como as diferentes formas de colonialidade ainda podem moldar as relações intergrupais atuais entre países com um passado colonial compartilhado.pt